Prática de exercícios físicos e bons hábitos alimentares são a chave para transformar a qualidade de vida.
Entra ano e sai ano e a promessa pós carnaval – quando a vida realmente começa para os brasileiros – é sempre a mesma: emagrecer!
Mas se esta é uma batalha sempre que vira o calendário, significa que os hábitos saudáveis estão muito distantes da realidade da maioria das pessoas, e as justificativas são as mais variadas possíveis.
Uns dizem que não têm tempo, outros que se alimentar bem é muito caro e outros, ainda, que a vida vai passar de qualquer forma, então querem aproveitar tudo!
Mas a vida pode passar de forma muito mais saudável e se tornar até mais longa para quem adota uma boa alimentação, a prática de exercícios e outros hábitos que farão a diferença com o passar dos anos.
O médico do Hospital São Jorge e Clínica Unique Barretos, Dr. Jorge Rezeck, explicou que essa mudança pode acontecer de forma gradual e sugeriu que as pessoas iniciem com metas possíveis.
“É interessante as pessoas começarem com pequenas metas. Metas grandes, logo no início, são mais difíceis de atingir. É melhor colocar metas pequenas e reais e se dedicar a cumpri-las, como reduzir o consumo de doces, refrigerante, caminhar 30 minutos por dia, e aumentar gradualmente. O segredo é aderir a um processo de rotina e disciplina, para transformar e incorporar o hábito ao dia a dia”, afirmou.
O Dr. Jorge Rezeck destacou que o consumo exagerado de álcool é o que mais tem afastado as pessoas de alcançarem uma vida com mais saúde.
“As pessoas tem exagerado muito no consumo de álcool, principalmente os jovens, e isso faz muito mal à saúde, aumenta o risco de doenças endocrinometabólicas, principalmente diabetes, neuropatias, hipertensão e outras doenças. Normalmente, o consumo de álcool acompanha o consumo de alimentos ruins para a saúde, industrializados e gorduras. Um hábito errado puxa o outro”, ressaltou o médico, que lembrou aos apressados a importância de respeitar o processo.
“A mudança no estilo de vida gera impactos, a curto, prazo, entre 30 e 60 dias, e com melhores resultados a partir de 90 dias. Nada é de um dia para o outro, é preciso respeitar o tempo e as etapas de cada um. Mas a partir de 90 dias, a pessoa já apresenta melhora na realização de atividades físicas, se cansa menos, nota outras melhoras no corpo e no funcionamento do organismo”, disse.
E durante o processo, quem nunca se viu entre restringir o consumo total de alimentos pouco saudáveis ou comer um pedaço de pizza no final de semana?
Para as pessoas que estão neste dilema, o Dr. Jorge Rezeck afirma que não é o que você come, mas sim o quanto come e o quanto trabalha para queimar o alimento que ingeriu.
“A questão não é a restrição total dos alimentos, não existe alimento proibido e sim quantidade. Tudo depende da quantidade do que a pessoa está comendo e do que a pessoa fará com essa energia extra. Uma pessoa que corre uma maratona pode comer uma paçoquinha rica em açúcar no meio da prova, porque isso vai gerar um aumento energético e naquele momento ele fará um bom uso dessa energia”, destacou.
“Não existe alimento bom ou ruim, existe o estímulo que você dará ao organismo sobre o que fazer com aquele alimento após o consumo e a quantidade de alimento ingerido. Existem melhores ou piores funcionalidades do alimento para o organismo, mas não existe alimento proibido”, lembrou o médico.
O especialista recomendou a prática de atividade física como uma forte aliada na mudança do estilo de vida e na conquista daqueles quilos a menos na balança e das medidas menores no guarda-roupas.
“A prática esportiva leva a um aumento do gasto energético e quando eu faço isso, tenho um maior déficit calórico, que nada mais é do que a conta entre consumo de alimento x gasto energético. Se o consumo for maior, a pessoa engorda, se o gasto energético for maior, a pessoa emagrece. Ou seja, é o déficit calórico que faz a pessoa emagrecer”, concluiu o Dr. Jorge Rezeck.
